Pireneus 2015- A Brecha ou como a vontade move montanhas #8

Num passado longínquo, numa idade A.C ( antes das crianças) eu e o senhor meu marido tentamos chegar à Brecha de Roland. Eu não acreditava muito que lá chegássemos mas ele meteu na cabeça que haveria de por o pé em Espanha. Tentamos mas desistimos quando começamos a apanhar enormes lençóis de neve, cascatas geladas e uma total falta de equipamento e preparação para o feito.
Este foi o dia em que o senhor meu marido reeditou a escalada e ajudado pela falta de neve e a melhor preparação, deixou mulher e filhos na beira da cascata e desalvorou, como se não houvesse amanhã, pela montanha acima , até à Brecha de Roland.
Não gostei de ficar para trás sem parte significativa das provisões do almoço, para mais com um filhote triste e indignado por não ter sido levado na aventura (mas a subida era brava, o pai não é inconsciente e eu nunca o deixaria ir) mas confesso que me distrai com o tráfego absolutamente delirante de caminhantes que subiam e desciam a cascata fazendo a passagem de França para Espanha e vice-versa. A verdade é que senhor meu marido fez a escalada e a descida num tempo absolutamente record e acabei perdoando o facto de me ter levado o almoço. Mas desconfio que ainda lá vai querer voltar...








 Depois desta grande caminhada precisávamos repor o nível das calorias e nada melhor que o famoso gateau a la broche de Sia

Este bolo que se vê à venda em mercados e pastelarias da região, aqui em Sia , é feito à nossa frente numa lareira. Não será o programa ideal para quando estão 35.ºC.,  mas o bolo é absolutamente delicioso e vale bem o sacrifício. A sidra gelada ajudou a compensar o calor .





Juro que o sabor é infinitamente melhor que o aspecto. Para mais a foto foi tirada debaixo de um enorme chapéu-de-sol que lhe deu um ar esverdeado



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