A feira das tasquinhas

A primeira vez que fui à Feira do Livro devia ter uns 4 ou 5 anos. A feira era em barraquinhas alinhadas debaixo das àrvores da Av. Da Liberdade. Lembro-me tão bem de não chegar aos balcões onde se expunham os livros e do meu pai me elevar, em cada banca, só para eu espreitar. Aquilo era mágico. O primeiro livro que escolhi, e que ainda conservo, foi o Tintim  e o Lotús Azul, capa dura e vermelha. Acho que foi por isso que o escolhi. Na altura não era barato, mas a minha avó fez questão que eu o trouxesse. Assim me ficaram indelevelmente marcadas na memória as primeiras impressões da minha primeira Feira do Livro. Talvez por força destes memórias sempre fiz questão de lá voltar. Até mesmo depois de ter mudado para o Parque Eduardo VII e no meio de um calor abrasador, quando tinha para aí 9 anos, me ter perdido de minha mãe. Valeu-nos o altifalante que gritou o meu nome pela feira e me encaminhou para o porto seguro. Não fiquei nem um pouco traumatizada e voltei sempre.
A feira mudou muito desde esses tempos, agora, e este ano mais do que nunca, parece que tem mais tasquinhas de comes e bebes do que bancas de livros. Já não é a minha feira do Tintim e o Lotús Azul. E tenho pena. Eu que até sou pessoa muito dada aos comes e bebes.
Estas são as compras do dia

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